O actual surto de COVID-19 é uma boa ocasião para tomarmos nota de alguns princípios básicos e intemporais que devemos ter bem presentes:
1. As maiores responsabilidades começam em casa, entre aqueles que nos são mais próximos, na adopção de bons comportamentos cívicos, de convivência social e de higiene e segurança.
2. Nem sempre devemos confiar na informação das autoridades públicas, se o nosso instinto nos deixa em alerta num sentido que não corresponde necessariamente à narrativa oficial.
3. É preferível investir em todas as frentes numa acção preventiva imediata, do que actuar reactivamente à medida que os problemas se avolumam, ou por imitação daquilo que outros governos decidem ou não fazer. Governar para o longo prazo significa, no final, garantir um menor número de vítimas mortais e um menor prejuízo económico total para toda a sociedade. Ainda que possa sair caro no imediato, ficar em casa é a opção mais sensata, eficaz e digna.
4. Os recursos são limitados e uma utilização irresponsável e imoderada dos meios públicos pode comprometer a capacidade futura de provisão a situações graves. Isto aplica-se também ao consumo doméstico que deve reger-se pela preocupação de poupança diária e de provisão atempada da despensa.
5. Ter cuidados redobrados não é uma mera acção de auto-protecção individual. É, antes de mais, um comportamento altruísta que visa proteger as pessoas mais vulneráveis com quem nos relacionamos, na família, na vizinhança, no local de trabalho, nas escolas, e em todos os locais que fazem parte da nossa rotina.
6. O envelhecimento da nossa população é um facto incontornável. E envelhecimento significa grande vulnerabilidade. Vulnerabilidade física ao vírus, vulnerabilidade por insuficiência de dispendiosos meios dos sistemas de saúde e vulnerabilidade emocional de uma população cada vez mais solitária e dependente.
7. As fronteiras afinal são úteis. Se não velarmos por uma triagem e vigilância de proximidade, a propagação do vírus alcança proporções incontroláveis e será mais difícil identificar focos de contágio. Se não velarmos pelo próprio interesse dos nossos, ninguém o irá fazer.
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